Como um bom engenheiro, sou um profundo admirador da tecnologia. E olhando para a evolução tecnológica dos últimos 30 anos, é fascinante perceber que algumas ideias apresentadas nos filmes de ficção científica estão (quase) presentes no nosso cotidiano. Para ilustrar esta realidade, escolhi apresentar uma pequena lista com 3 filmes que todo engenheiro deveria ver. Ah! E por falar em realidade, você já deu uma olhada na tecnologia HoloLens da Microsoft? Veja o vídeo como aperitivo:
[youtube]https://youtu.be/qym11JnFQBM[/youtube]
Há controvérsias quando se discute se a tecnologia promove um desenvolvimento sustentável. O assunto é delicado e entendo que é importante alimentarmos o debate. Creio que cabe aos engenheiros um papel especial: mergulhar fundo nesta questão e ajudar a fomentar um processo de inovação que traga um desenvolvimento sustentável.
Mas antes de apresentar os filmes, gostaria de propor uma breve reflexão:
Quando falo de sustentabilidade, estou me referindo ao termo de forma ampla, com uma conotação que transcende os impactos ambientais e sociais. No ramo da engenharia, vejo a sustentabilidade como um pilar que se aplica também às relações no trabalho. Sim! Estou me referindo à qualidade dos ambientes de trabalho onde atuam profissionais de tecnologia dentro das organizações.
Ao visitar empresas no ramo de tecnologia, vejo uma enorme preocupação dos executivos com a inovação, qualidade dos produtos, eficácia e padronização de processos, otimização de recursos, ampliação da competitividade, alianças estratégicas, desenvolvimento de canais, entre outros aspectos extremamente relevantes para os negócios. Por outro lado, percebo que a maioria das discussões são travadas sem levar em consideração um elo fundamental da cadeia: o ser humano.
Como fabricante de um produto que chega ao mercado por meio de um canal indireto, podemos pensar: “Quanto maior a atenção dada por este canal ao meu produto, maiores serão as chances de ampliar as minhas vendas”. Mas este canal é formado por pessoas. E pessoas possuem um recurso extremamente limitado: a atenção. A atenção é conquistada a partir do momento em que há confiança. Pessoas não confiam em produtos, em marcas, processos ou sistemas. No fundo, pessoas confiam em pessoas. E pessoas compram de pessoas. Até que ponto os líderes que atuam no mercado de tecnologia estão inovando no cuidado com as pessoas? Será que estamos aprimorando apenas o lado técnico e deixando de lado a lapidação das habilidades comportamentais?
Atuando em vendas, um gerente de contas que passa horas preenchendo o CRM da empresa, para nunca receber um feedback sobre as informações carregadas neste sistema possui grandes chances de se sentir frustrado. Mas a empresa se orgulha de possuir um dos CRMs mais evoluídos do mercado. E daí? É como querer jogar tênis olhando para o placar!
Pessoas confiam em pessoas. Pessoas compram de pessoas. Até que ponto os líderes que atuam no mercado de tecnologia estão inovando no cuidado com as pessoas?
Você atua no mercado de tecnologia? Apresento abaixo uma lista com 3 filmes que poderão trazer reflexões sobre como poderá ser o nosso futuro próximo, e de como anda a nossa inovação “tecnológica” no convívio com as pessoas.
Se quiser exercitar esta reflexão, deixo abaixo 3 perguntas:
- Como está a sua relação com as pessoas em comparação com a sua relação com a tecnologia?
- Ao discutir os negócios dentro da empresa, qual o peso dado às pessoas?
- O uso do email e sistemas de mensageria instantânea estão adequados (ou equilibrados) na sua empresa?
Vamos então aos 3 filmes que todo engenheiro deveria ver:
1 – Minority Report
[youtube]https://youtu.be/QH-6UImAP7c[/youtube]Lançado em 2002, foi dirigido por Steven Spielberg. Merece um olhar atento aos efeitos de realidade aumentada, e sistemas de interface gráfica com comandos por meio de gestos.
2 – Inteligência Artificial
[youtube]https://youtu.be/sqS83f-NUww[/youtube]Foi lançado em 2001 e também dirigido por Steven Spielberg. Como profissionais de tecnologia, encontramo-nos com uma carga de trabalho descomunal, sobrando pouco tempo para o que verdadeiramente importa: nossas famílias. Equilibrar a vida familiar pode ser o primeiro passo para se tornar um profissional melhor.
3 – Eu, Robô
[youtube]https://youtu.be/JWqCEzZEv2k[/youtube]
Dirigido por Alex Proyas. O filme é de 2004. Atuar no mercado de tecnologia exige integridade e ética. Baseado na obra de Isaac Asimov, há uma provocação à lógica das leis, por meio da exposição de situações absurdas e perigosas na relação entre os humanos e robôs. O filme pode trazer a oportunidade de refletirmos sobre os valores que estamos alimentando no trabalho, e as eventuais máscaras que estamos vestindo junto com o crachá da empresa.
Autor: Bruno Bakaukas Neto
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