Quando dirigimos à noite usamos o farol, certo? Bom, temos basicamente dois motivos para acende-lo:
- Desejamos iluminar nosso caminho,
- Desejamos sinalizar a nossa presença aos demais motoristas
É verdade que um motivo não exclui o outro. Mas também é verdade que deve haver um motivo dominante.
A diferença entre os dois motivos acima é sutil.
Se desejamos apenas iluminar o nosso caminho, estamos preocupados conosco. Por exemplo, se a iluminação pública é suficiente, talvez possamos dirigir bem utilizando somente a lanterna. Posso estar errado, mas creio que é isto que acontece na cidade onde moro. Aqui, as ruas são estreitas e a iluminação pública é de boa qualidade. Grande parte dos motoristas faz opção por acender apenas a lanterna, muito provavelmente por não ver motivos para utilizar o farol. Afinal, a iluminação dos postes é suficiente. Neste caso, podemos concluir que o fator motivador dominante é o “eu”.
Por outro lado, se o motivo principal para acender o farol é sinalizar a nossa presença aos demais motoristas, estamos mais preocupados com o outro. Ou seja, mesmo que a iluminação pública seja suficiente para iluminar o caminho, decidimos manter o farol aceso para auxiliar a direção daqueles que dividem a via conosco. Em outras palavras, o fator motivador dominante é o “outro”. Como falamos, a diferença é sutil.
Agora, vamos pensar um pouco além do contexto do trânsito…
Quando agimos apenas preocupados em iluminar o nosso caminho, tendemos a nos interessar unicamente em nós mesmos. Ficamos desinteressantes e aprendemos pouco.
Já quando estamos interessados genuinamente nas outras pessoas, iluminamos seus caminhos e abrimos espaço para aprender com elas. E isto vale para a maneira como nos comunicamos, as palavras que escolhemos e para eventuais diálogos internos que antecedem a nossa interação com as pessoas.
Ao dirigir por nossa estrada da vida, estamos mais inclinados a nos interessar pelas pessoas ou em agir com o objetivo de nos tornar interessantes?
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