explosive

A dinamite é um artefato explosivo fabricado à base de nitroglicerina, misturada com uma série de outros materiais. Ela foi inventada pelo químico sueco Alfred Nobel, que a patenteou em 1867. Trata-se de um artefato muito útil para construção de rodovias, demolições de estruturas, pedreiras, minas, entre outras aplicações. Mas para que ela seja mesmo útil, é preciso que haja controle. Seu manuseio exige extrema segurança. Afinal, qualquer descuido e ela pode causar sérios acidentes. O mesmo ocorre com a maneira como gerenciamos os conflitos. Conflitos são úteis. E eles precisam existir pois são fundamentais para alimentar o processo de mudança e inovação. Mas para que um conflito seja útil, é preciso que ele seja saudável.

Comparar conflitos com dinamites foi de propósito. Esta analogia pode nos induzir a pensar (ou reforçar o pensamento) que conflitos precisam ser explosivos. Usei esta comparação para provocar uma outra reflexão. Afinal, por que a palavra ‘conflito’ parece sempre estar carregada de uma conotação negativa? Da mesma forma como é justo termos uma certa aversão à dinamite (devido ao perigo associado ao seu manuseio), também podemos desenvolver uma boa dose de aversão a conflitos. Partimos do princípio que conflitos devem ser evitados. Mas seria este um raciocínio correto? Leia mais sobre este assunto clicando aqui.

Chade-Meng Tan, em seu livro “Busque dentro de você”, traz uma reflexão que nos ajuda a entender o conceito de aversão. Segundo ele, a aversão surge quase ao mesmo tempo que a sensação e percepção, de tal forma que normalmente não notamos a diferença. Vamos trazer este conceito para o contexto do nosso tema. Com o passar do tempo, em função de diversos fatores, podemos desenvolver uma aversão por conflitos. Esta aversão traz o sofrimento, e quando percebemos já estamos sofrendo muito antes de enfrentarmos uma situação de conflito real. Pode ser que ele nem venha a acontecer, porém, a nossa aversão é tão grande que sofremos por antecipação. E quando a situação de conflito se estabelece, mesmo que de forma imprevisível, nossa aversão a ele surge de forma tão intensa que desejamos sair da situação o mais rapidamente possível. E esta reação está muito mais condicionada pelo sofrimento causado pela aversão ao conflito do que pelo conflito em si.

É provável que isto não seja a regra para todas as pessoas. Afinal, existe o outro lado da moeda. Da mesma forma como podemos desenvolver uma aversão pelo conflito, há a chance de termos uma certa avidez por ele. Sabe aquela pessoa que sempre parece alimentar conflitos? Que possui uma certa predileção por provocar situações de confronto? Estão quase sempre prontos para discorrer sobre suas ideias de forma a alimentar dicotomias e polarizações. Por ser uma face da mesma moeda, podemos intuir que a avidez também surge quase ao mesmo tempo que a percepção ou a sensação. Pessoas ávidas por conflitos podem demonstrar um comportamento deselegante e inconveniente.

Portanto, para que os conflitos possam ser conduzidos maneira saudável, ou seja, desprovidos de avidez ou aversão, precisamos aprender a equilibrar esta equação. E este equilíbrio pode ser adquirido por meio de um bom Programa de Coaching. Uma Jornada de Coaching conduzida com comprometimento e disciplina pode trazer benefícios na capacidade de gerenciar conflitos. Vejamos alguns:

  • Conhecer os gatilhos que definem nossa maneira de lidar com conflitos

Ao longo da Jornada de Coaching, construímos excelentes oportunidades para aprofundar o autoconhecimento. Passamos a ter mais clareza sobre os gatilhos que disparam algumas de nossas ações (e reações). A aprendizado gerado a partir das perguntas poderosas e dos insights que surgem na execução das ações trazem conclusões sobre o nosso padrão de comportamento frente aos conflitos. O uso de instrumentos de autoconhecimento também pode trazer excelentes aprendizados. Neste aspecto, o uso de princípios de neurociência pode ser muito útil para ampliar nossa visão sobre o funcionamento do cérebro social frente a ameaças e recompensas. Aqui cabe um ponto de atenção. Autoconhecimento não pode servir para justificar comportamentos e reforçar hábitos. Para que haja eficácia neste processo, é preciso um olhar crítico, assertivo e sereno para desenhar e implementar as mudanças necessárias. Neste aspecto, o Coaching também pode servir para ampliar a maturidade fazendo-nos perceber a nossa vulnerabilidade.

Não adianta dissipar a neblina, é preciso saber qual caminho seguir!

A maneira como conduzimos os conflitos diz muito sobre quem somos. Os sentimentos provenientes das situações conflituosas, uma vez identificados com precisão, podem dar pistas para muitas descobertas úteis. Muitas vezes, nos afastamos daquilo que mais precisamos. E aquilo que mais nos incomoda nos outros diz muito sobre quem somos. A Jornada Emocional de Coaching precisa ser conduzida com uma visão de futuro, ou seja, com uma perspectiva de transformação. 

  • Lapidar a capacidade de comunicação

A Jornada de Coaching pode ser comparada a uma sequência de sessões de musculação. Os músculos desenvolvidos são normalmente aqueles que mais precisamos. Em última instância, enfrentar situações de conflito com assertividade exige o domínio de habilidades de comunicação. E são estes músculos que passamos a desenvolver durante a Jornada de Coaching. Utilizando uma estrutura de comunicação que promove uma visão de futuro, adquirimos o hábito de romper toda forma crítica de comunicação que mergulha no drama e na busca de detalhes do problema. O foco na solução e o uso de uma abordagem autodirigida permitem o treino de uma comunicação objetiva, sucinta e generosa. Exercitar a musculatura que sustenta este tripé irá fortalecer a capacidade de lidar com conflitos.

  • E o que faço com as minhas emoções quando vou entrar em um conflito?

Agir com raiva_DialogasEm alguns workshops ou treinamentos sobre técnicas de apresentação em público, com muita frequência ouço a seguinte pergunta: “ Quando estou aqui na frente de todos, onde coloco as minhas mãos? ”. Eu costumo responder: “Deixe-as aí mesmo onde elas estão; no final dos braços! ”. O mesmo devemos fazer com as nossas emoções. Elas estarão presentes nos momentos de conflito. Algumas delas podem se manifestar antes mesmo do conflito, a depender da nossa aversão ou avidez. E o que fazer com estas emoções? A Jornada de Coaching irá trazer uma ótima oportunidade para desenvolver a Inteligência Emocional. Eu costumo dizer que as nossas emoções são como aqueles vizinhos inconvenientes. Precisamos aprender a conviver com eles. Fingir que nossas emoções não existem ou tentar reprimi-las não é adequado. No fundo, nossas emoções não são ruins ou boas. São apenas nossas companheiras. A Jornada de Coaching ajuda a ampliar esta consciência. Fazemos isto através de exercícios de regulação emocional entre outras práticas. Além disto, cada conversa de Coaching é conduzida usando uma metodologia que proporciona a geração de insights capazes de provocar descobertas e aprendizados. Empregando outras ferramentas de Coaching, usamos estas descobertas como inspiração para desenvolver ações que nos levam para fora da Zona de Conforto com um nível muito maior de comprometimento e preparo. O aprendizado proveniente destes exercícios é fascinante.

  • Construção de uma vida intencional

Um bom Programa de Coaching traz a oportunidade para desenvolvermos uma vida mais intencional. Uma vida com um senso claro de propósito. E esta nova perspectiva pode ampliar e fortalecer nossas convicções. Passamos a escolher o caminho a ser percorrido com mais facilidade, e isto nos ajuda a criar consciência sobre as lutas que valem a pena, e as que não precisamos entrar. Em outras palavras, passamos a ficar mais focados naquilo que irá fazer a diferença em nossas vidas e mais seletivos em relação aos conflitos. Entendemos melhor os mecanismos por meio dos quais o nosso cérebro interpreta as ameaças e as recompensas, e passamos a ter mais autocontrole. Cada pessoa tem os próprios mapas mentais que foram construídos ao longo dos anos. Temos que conhecê-los. Como posso reformar uma casa se não sei a estrutura atual? Se eu quiser construir um segundo andar, preciso saber como está alicerce e a laje, certo? Sob o ponto de vista de gestão de conflitos, uma vida intencional é o que separa os ‘lutadores brucutus’ do ‘boxeadores profissionais’.

A gestão de conflitos é um dos diversos benefícios de um bom Programa de Coaching. Conflitos precisam ser entendidos e interpretados de uma forma diferente. Descobrir e compreender aspectos como avidez e aversão, emoções, autoconhecimento, comunicação e princípios de neurociência irão desenvolver uma “musculatura” mais preparada para o enfrentamento de situações de conflito. Embora algumas situações (ou pessoas) possam ser classificadas como “dinamite pura”, podemos desenvolver nossa habilidade para controlar os detonadores.

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