O que faz de alguém um comunicador de sucesso? São suas técnicas de abordagem? Pleno domínio do idioma? Sua linguagem corporal? Tom de voz? Uma boa capacidade de articular ideias?

Sem dúvida tudo isto é importante. Mas o que de fato está por trás? Será que tudo se resume simplesmente a aplicação de algumas técnicas e… voilà! Temos um comunicador de sucesso?

Um bom comunicador só é percebido como tal exclusivamente por seu(s) interlocutor(es). É o tipo de conceituação que não se consegue fazer sozinho. É na interpretação do outro que reside a definição. Há uma frase que exemplifica bem esta ideia:

Sou o que vejo no reflexo dos seus olhos.

Na opinião da Rede Dialogas, são duas as premissas que sustentam um comunicador de sucesso:

  1. Ser capaz de se colocar no lugar do interlocutor e;
  2. Ser capaz de agir com gentileza

Vamos nos aprofundar um pouco e entender como elas estão conectadas:

1. Ser capaz de se colocar no lugar do interlocutor:

Ao nos colocarmos no lugar da outra pessoa, somos capazes de visualizar suas angústias, suas preocupações, seus desejos, suas preferências, suas expectativas, etc. Isto nos ajuda a transmitir a mensagem que queremos dentro do contexto e no formato mais adequado. Se sabemos que a outra pessoa está preocupada com um determinado assunto que será abordado, podemos dizer algo como: “Veja, eu entendo a sua preocupação e respeito seus sentimentos. Afinal, no seu lugar é provável que eu também estivesse preocupado com este assunto. Quero muito te ajudar. Vamos aos fatos…”

Perceba que a frase remete a uma postura de gentileza. É aí que entra o segundo componente:

2. Ser capaz de agir com gentileza:

O ato de se colocar no lugar da outra pessoa deve ser uma consequência do desejo de ser gentil com ela. Quando agimos com gentileza, somos capazes de nos colocar genuinamente no lugar da outra pessoa com a história de vida dela, e não com a nossa. Uma coisa é calçar os sapatos do nosso interlocutor, a outra é ser capaz de sentir as dores de seus pés machucados pelas pedras no caminho que ele percorreu.

 

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Quando nos colocamos no lugar da outra pessoa e não agimos com compaixão, boa parte das vezes nossa mente é tomada pela crítica (ou pelo julgamento): “Como pode! Por que ele age desta forma? Isto é tão simples de resolver! No seu lugar eu já teria… blá blá blá…”

Nossos Programas de Coaching foram desenhados com base nesta premissa. Ao longo da Jornada de Coaching, é muito comum vermos um aumento na eficácia de comunicação. Isto ocorre como consequência natural do desenvolvimento de uma comunicação mais gentil, concisa e específica. Tudo isto é feito com base nos fundamentos da neurociência moderna.

Grandes comunicadores são assim percebidos não apenas porque nos cativam com suas habilidades e processos. Eles são assim percebidos quando sentimos que o uso destas habilidades é consequência da real capacidade de serem gentis e agirem com interesse genuíno.

Não estou aqui desprezando as técnicas de comunicação. Muito pelo contrário. Acredito sim que elas também fazem parte do processo, desde que a aplicação das mesmas seja consequência de uma força maior: uma vontade verdadeira de agir com gentileza e compaixão.

Aplique suas técnicas de comunicação com gentileza e torne-se um comunicador brilhante!