Afinal, para que serve o Coaching? Qual a sua finalidade? Qual o melhor momento para fazer um Programa de Coaching?
Para tentar responder às perguntas acima, permita-nos fazer uma breve viagem até a Índia antiga:
ERA UMA VEZ, na antiga Índia, um ladrão que fugia dos guardas e que viu um mendigo dormindo num beco escuro. Ele secretamente colocou a joia pequena, mas valiosa, que havia acabado de roubar, no bolso do mendigo. Depois, fugiu, pretendendo voltar e roubar a joia do mendigo quando se livrasse dos guardas. Durante a noite, o ladrão foi acidentalmente morto em uma luta com os vigias. O mendigo era, então, um homem rico. No seu bolso, ele tinha dinheiro o bastante para viver confortavelmente para sempre, mas ele nunca verificou seu bolso, por isso, nunca soube da fortuna. E viveu o restante da vida como pedinte (*).
O mesmo pode acontecer conosco. Podemos passar a vida inteira sem acessar as verdadeiras riquezas que estão dentro de nós, se não soubermos procurar. E a habilidade de procurar pode estar limitada por uma série de fatores que fogem à nossa consciência.
Veja, não há nada de errado com isto. Ao longo da vida, enfrentamos ameaças e buscamos recompensas repetindo estratégias que deram certo e ajustando (ou evitando) estratégias que deram errado. Algumas vezes aprendemos, outras não. Algumas vezes dizemos que aprendemos, mas agimos como se não tivéssemos aprendido. E obviamente, há momentos que aprendemos e incorporamos estes aprendizados consolidando mudanças significativas.
Muitas pessoas chamam este processo de “tentativa e erro”. Preferimos a expressão: “aproximações sucessivas”. Trata-se de um padrão que indiretamente acaba moldando hábitos e comportamentos de forma inconsciente e automática.
E se pudéssemos questionar estes processos e mergulhar nestes padrões? Será que conseguiríamos encontrar maneiras diferentes de encarar as ameaças e buscar recompensas? E se, ao mergulharmos nestas questões, começássemos a descobrir que a diferença entre ameaças e recompensas não é tão clara assim?
Tudo isto parece simples e fácil de ser feito sozinho. Afinal, basta uma reflexão diária para percebermos os ajustes que precisam ser feitos, certo? Bom, a coisa não é tão simples assim.
Muitas das nossas ações são provenientes de gatilhos disparados por um mecanismo complexo formado por um turbilhão de pensamentos e sentimentos. [Leia mais no post: Exercícios para treinar a Inteligência Emocional em 8 dias]. Vamos imaginar este turbilhão como uma máquina de lavar gigantesca.
Imagine-se capaz de mergulhar nesta máquina de lavar para tentar enxergar o que há lá dentro: crenças, vícios, hábitos, medos, anseios, necessidades, prioridades, pensamentos, sensações, experiências, expectativas, aprendizados, e uma série de outros componentes. Devidamente protegido e adequadamente paramentado, você irá partir para uma expedição extraordinária dentro deste turbilhão. Seu objetivo é explorá-lo e voltar com respostas sobre como ele funciona para poder utilizá-lo a seu favor. Sabe qual o problema? O dispositivo que será utilizado para observar, aprender e raciocinar sobre este turbilhão é o seu cérebro. E o que há dentro dele? O mesmo turbilhão no qual você está prestes a mergulhar. O objeto observado está sujeito aos parâmetros do observador!
O que fazer então?
Uma das melhores formas de romper este paradoxo é trabalhar ao lado de um facilitador:
– Um profissional que o ajude a ampliar a clareza sobre este turbilhão.
– Alguém que possa elaborar perguntas que você dificilmente seria capaz de conceber, as quais exigiriam a construção de novas formas de pensar, usando abordagens inovadoras e proporcionando insights importantes.
– Um parceiro que possa ajudá-lo a desenvolver músculos que até então nem você sabia que existiam no seu corpo.
– Alguém em quem você confia, e que poderia lhe ajudar a encontrar alguns dos seus objetos importantes e úteis, mas que estavam empoeirados e esquecidos no fundo daquela gaveta da bagunça.
– Um profissional atento, perspicaz, capaz de escutar todo o seu potencial.
– Uma pessoa apta a trazer eventuais exercícios que, com a sua permissão, poderiam ajudá-lo a perceber as nuances deste turbilhão, permitindo o desenvolvimento de novas estratégias até então inimagináveis.
Este profissional existe!
Nas visitas a empresas e em conversas exploratórias que conduzimos com potenciais clientes, surgem inúmeros questionamentos sobre a utilidade e os benefícios dos Programas de Coaching da Dialogas.
Repetimos aqui o que costumamos responder nestas ocasiões. O Coaching não deve ser visto como a solução mágica de todos os problemas existentes no mundo organizacional, mas definitivamente deve ser entendido como algo muito maior do que uma simples metodologia para ajudar executivos estressados ou um método de gestão, planejamento, delegação, ou resolução de problemas. Bem conduzido e como devido ajuste de expectativas, pode ser uma excelente ferramenta de desenvolvimento humano, cujos resultados positivos tendem a transbordar para a vida como um todo.
A Jornada de Coaching conduzida pela Dialogas possui dois principais componentes, que se desenvolvem em paralelo:
– Jornada prática: formatada pela mudança no fazer, esta jornada é permeada pela busca de objetivos, aprendizados visíveis baseados em métricas, ações, estratégias e indicadores. Trata-se de uma jornada bastante visível e tangível.
– Jornada emocional: formatada pela mudança no ser, esta jornada é mais sutil e quase invisível. Trata-se da lapidação da autoconsciência, emoções, valores, crenças, hábitos e escolhas.
Esperamos que os pontos acima tragam reflexões úteis para nos ajudar a responder a principal questão colocada neste post: Afinal, para que serve o Coaching?
Permita-se descobrir mais sobre você e surpreenda-se com a descoberta do seu potencial! Talvez haja alguma joia rara escondida em algum bolso do seu casaco. Ou alguma pedra dentro do sapato atrapalhando a caminhada, a qual, por algum motivo, você ainda não percebeu. Vamos conversar? Agende uma conversa exploratória conosco e entenda melhor como o Coaching pode ajudar você ou sua empresa!
(*) extraído do livro “Busque dentro de você”, de Chade-Meng Tan
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