Isto já aconteceu dezenas de vezes ao longo destes anos de experiência conduzindo treinamentos comportamentais: “Posso complementar o que ele disse?”.
Queremos estar certos de que a nossa ideia será reconhecida e apreciada. Em nossas mentes, se as nossas ideias são valorizadas, automaticamente seremos apreciados e acolhidos no grupo. É o cérebro social em busca do status dentro do ambiente em que estamos, seja em uma sala de treinamento ou em uma reunião de trabalho.
Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir –
Paul Valéry
Porém, classificar o que será dito por nós como um complemento do que já foi dito por outra pessoa é dizer que a ideia do outro precisa de um aperfeiçoamento ou de um ajuste para ficar completa. Será mesmo? E mesmo que seja verdade, será que precisamos embrulhar nossas ideias desta forma?
Ao etiquetarmos nossas ideias como um complemento, é provável que não o façamos com a intenção de diminuir o que foi dito. Aliás, é possível que a nossa intenção seja até mesmo de reforçar e valorizar a ideia já colocada. Contudo, pedir a palavra para “complementar o(a) fulano(a)” sugere aos demais que somos os corretores de plantão, sempre atentos a ideias incompletas, prontos para salvar o que foi dito e corrigir o rumo da conversa.
Portanto, vamos apresentar nossas ideias com sabedoria, que com isto ganharemos o reconhecimento que tanto desejamos!
Concorda? Deixe seu complem… ops… quero dizer… seu comentário!
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